sexta-feira, 25 de setembro de 2015

entender é uma forma de alegria & estou contente que nos próximos dias me dedicarei a escrever poemas, cuidar de mim, receber uma safra de esmeraldas, verei um bom amigo, duas terapias, duas alternativas que se somam, sonharei com serpentes e beija-flores e de manhã não saberei o que está realmente acontecendo.

a palavra "realmente" foi das coisas que mais mudou em 2015. houve um momento que não conseguia escrever 2 letras em contiguidade sem errar e criar um ruído, uma, ruptura, entre elas. pareceu cansaço, mas o cansaço também pouco mais é do que a brisa que antecede o raio.
ontem quando cheguei em casa cortavam as árvores do vizinho. a companhia de energia elétrica e a companhia de engenharia de tráfego agindo em conjunto decepando radicalmente o que anda derrubando o funcionamento dos faróis do cruzamento.

lembrei-me da Julia Panadés numa das reuniões de pauta aberta que tivemos no Baldio chamando atenção pro fato de que as árvores urbanas ganham formatos impressionantes por conta das podas absurdas. desde que a Júlia falou isso eu nunca mais olhei as árvores das cidades da mesma forma. é impressionante como elas tomam o caminho de crescer em respostas possíveis à nossa brutalidade. desviam, se refazem, são pulmões que se ramificam por onde der & vier. 



depois me lembrei das ocasiões em que meu pai queria assassinar os cortadores de árvore da prefeitura de Cotia que passavam, sei lá, uma vez por ano, e podavam as árvores da selva que meu pai plantou no canteiro da frente de casa. os caras cortavam o suficiente pra que não precisassem ir lá durante um bom tempo. metros e metros de árvores abaixo. e quando eu digo "assassinar" é claro que não estou brincando e também é claro que bem se sabe como as pessoas de letras costumam assassinar as outras: com grandes argumentos violentos, pensamentos ramificados e juras que na materialidade das coisas quase nunca se cumprem. somos os lúcidos ingênuos de sempre. mas a cada ano entendo mais as vontades que meu pai vive de assassinar as pessoas que mexem descuidadamente em outros seres vivos.

ontem foi bonito de ver que a árvore do vizinho se intrincou tanto nos fios elétricos que era impossível cortar um galho dela sem levar toda a rede elétrica abaixo. não cortaram. é claro que isso um dia vai fazer o poste cair e passaremos muitas horas sem luz (e poderemos ver a noite que existe na noite E podermos ver a noite que existe na noite). se eu tivesse um carro talvez me preocupasse com o trânsito que isso vai causar, mas como morro de medo de dirigir, estou a pé. se estiver trânsito eu farei o que eu faço: andarei, escolhendo as vias mais arborizadas possíveis. até mesmo pra que eu possa aprender com as árvores, de tanto observá-las, a como responder às nossas brutalidades.

mas também há certos toques de gênio: na frente de casa havia uma paineira que, por ser propriedade da União Federal nunca ninguém encostou um dedo nela. e embora o google street view não mostre mais a selva da frente da casa em que cresci (aliás, será que alguém tem foto da frente da nossa casa antes de a "urbanizarem"?), a paineira ainda está lá, mais alta do que nunca, atravessou os fios, os brutos, as eletricidades & lá em cima porque é desde aqui debaixo a paineira está. e ela é. as plantas são mesmo como outras línguas, não separam o ser do estar.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

acordei cansada e meditativa.
quando estou meditativa é sobre um tapete
que é sempre um ramo de dinamites.
soube que o outono chegou em Lisboa
e pela primeira vez em anos fiquei muito feliz com isto.
também pensei algumas vezes, cheia de ternura
que uma coisa que nunca entendi nos homens
é como eles conseguem viver sem menstruar.
embora o bafo das janelas nas ruas
o frio ainda vem de dentro
como se alguém tivesse esquecido
o armário aberto.

domingo, 13 de setembro de 2015




é domingo.
você que está se sentindo
múltiplo e desastroso
amante do futuro inconstante
em dúvida de se é louco navio
ou crescimento ascendente
ébrio caminhante confiante
que tropeça e mergulha
não sabe se na saúde ou na doença
se consegue escolher
método ou caos
confusão ou relaxamento
sua colher não entra no pote
você que passou os últimos dias lidando com seus vícios
caiu novamente feito uma abelha no pote de geléia
é só isso
é só Júpiter em oposição a Netuno
nesses dias
honey o inefável
é de lamber com os dedos.
seja ícaro
ou seja herói
cair do baixo
é que não vale.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

saturno em escorpião

outubro de 2012, fui de madrugada ao banheiro branco da casa que morávamos em Lisboa e meio dormindo vi um cérbero azul luminoso ao meu lado. luminoso de escuro. era de pedra e era transparente, brilhava & era discreto. uma fera, uma carranca, era um cão na entrada de um palácio, só na manhã seguinte quando abri a internet eu soube que Saturno havia mudado de signo. Saturno tinha entrado em escorpião naquela madrugada.
novembro vou a uma cerimônia de ayahuasca e danço com as mãos. cerzindo meus órgãos a minha mão é a minha mão mas eu de imediato sei que esses são gestos que sobraram do corpo do meu avô no meu. uma experiência dele atravessou uma geração e de repente tenho acesso a ela. 
resolvo escrever um romance que irá se chamar "a história do meu avô". vejo a história inteira numa noite. quando a tento escrever não consigo.
janeiro de 2013 defendo meu mestrado. viajamos para a Bahia e eu escrevo um ensaio sobre "herança".
algures entre março e abril um xamã canta para mim o seu/meu ícaro. acho que nada está acontecendo. aparece um iceberg na minha visão, um iceberg entra no meu horizonte. gigantesco. eu tento atingir com o olhar o seu topo e demoro a conseguir focar o alto. quando alcanço do alto abre-se uma labareda de fogo nos céus & que como uma lâmina atravessa o topo do iceberg. a língua de fogo que vem do céu abre o gelo em dois. o iceberg derrete pelo meio. 
abril de 2013 lanço o "poemas do destino do mar" em Lisboa.
fico muito doente no início de maio. sigo um conselho do meu irmão ariano e tomo um chá de alho com limão pra botar pra fora. boto tão pra fora que minha cabeça arrebenta de dor, meu corpo de febre, e eu tenho uma alucinação de que estou com a cara enterrada num cemitério onde estão enterrados todos os meus antepassados. minha cabeça dói porque tem os ossos dos meus antepassados.
não sei se é gripe ou alergia ao pólen mas o que estou não acaba. passam dias e nada resolve, vou numa cerimônia de ayahuasca e continuo resolvida que vou botar aquilo pra fora. não percebo que fico fazendo esse gesto de vomitar logo depois de ter pensado no que seria a natureza do "eu". o sol estava no signo de gêmeos e eu vomitei, sem perceber, um pedaço da minha identidade. 
dias e dias e mais dias e mais dias e mais dias sem conseguir fazer nada. Saturno conjunto a conjunção de Marte e Plutão do meu mapa natal. só consigo fumar maconha e não fazer nada com isso. não escrevo, não penso, sinto medo e não sei nem que eu preciso de ajuda. sinto como se os traços do meu rosto estivessem dez centímetros descolados da face, como se o meu rosto me pertencesse mas estivesse mais longe, talvez eu tenha deixado de ser titereira das minhas expressões. mas eu não sabia descrever nada na altura. minha sensibilidade tinha desaparecido.
lanço meu livro no Porto. num almoço com uns amigos, um rapaz cozinheiro tradutor de Victor Hugo e afilhado de uma mãe de santo da cidade de Mariana (MG) me recomenda chá de flor de sabugueiro com tomilho. em cinco dias tomando fico bem. axé!
início de junho vou a Barcelona ler meus poemas. aquela que nasceu da flor me leva pra uma cerimônia no campo. o curandero conversa comigo antes, me olha e diz "o que acontece? você é valente mas não está?", eu digo a ele que é verdade, falo com uma clareza vindo do meu mais fundo de mim que eu nem sabia que estava pensando. digo pra ele que preciso de pouco. dentro de um tipi com uma roda de fogo no meio eu percebo que a minha face está levantada do meu rosto. percebo que estou fora de mim mesma quando olho na palma da minha mão e vejo um bosque escuro. resolvo que só sairei quando o fogo tiver purificado as minhas mãos. toda a minha energia vem do coração. puxo, literalmente, com gestos voltados para cima do meu corpo deitado, puxo aquela vinda de mim mesma até o lugar onde eu sou eu. 
no dia seguinte escrevo para o meu psicanalista contando um sonho que tive meses antes e que falava de inércia e medo de crescer. para a xamã que cuida de mim escrevo falando que um pedaço de mim estava fora de mim. ela fica atentamente preocupada e me diz que da próxima vez tenho que ir duas vezes seguidas. 
começo a ir duas vezes seguidas, marco para dali poucos dias. na cerimônia o seu marido xamã quando canta seu/meu ícaro para mim vomita enlouquecidamente. no dia seguinte ele me faz entender em francês que retirou um véu de cima de mim e que ao abrir viu uma fila de antepassados querendo falar comigo e que quanto a isso ele não podia fazer nada: só eu poderia saber o que tenho que lidar com eles.
percebo na manhã seguinte que passei meses usando como colar um amuleto do museu de etnografia português, de xisto, quando procuro na caixa de colares encontro a embalagem com a informação "paleolítico // amuleto de conexão com ancestrais //". paro imediatamente de usá-lo.
note-se: em momento algum desta narrativa eu entrei em pânico.
continuo tentando escrever "A história do meu avô". 
vamos ao Gêres no fim de julho. início de agosto, voltando para Lisboa, penso em romper com tudo que tenho mantido em silêncio. no dia que a retrogradação de Saturno acaba e ele estaciona no grau oposto da minha lua em Touro tudo que pressurizei é dito: é chegado o momento da crise: é pegar ou largar. ele agarra. dias depois me pede em casamento numa manhã em que estou no sofá com cólicas menstruais e ainda nem tomei café. aceito.
faço a primeira purga de tabaco da minha vida. 
faço a segunda purga de tabaco da minha vida.
na terceira é outubro e vejo no fundo do balde a palavra NÃO. foi-se embora qualquer dúvida. no dia 19 nos casamos. no fim do mês lanço "O túnel e o acordeom". 
ouço "Alucinação" do Belchior o tempo todo.
novembro Saturno que atinge o grau 14 de Escorpião & no dia que Saturno encontra o meu Saturno dá um beijo de língua em si mesmo e eu escrevo o primeiro poema de "Seiva, veneno ou fruto // A casa dos nietzscheanos" — : "Voltar a estudar, não sei // mais compor meus poemas. Que alegria! Pela estrada voltar a fumar (....)". saúdo o retorno! sinto medo! o tempo todo! e me sinto a estrutura do meu mundo nos meus ombros. 
tento o ano inteiro escrever "A história do meu avô".
passam-se meses na logística da mudança. invento a playlist "exorcizar tristeza". danço-a todos os dias. meu computador quebra uns dias antes da mudança, perco meu HD e tudo dos últimos 8 meses. em janeiro chegamos no Brasil. faço aniversário com Marte em quadratura com o meu sol até então não sei o que isso significa.
março vamos para a Bahia. Netuno conjunto à lilith. fico surda. fico 20 dias surda. sinto medo medo medo medo medo. vejo coisas tendo ler as minhas. acordo dois segundo antes da entrada de alguém na nossa cabana, acordo ele ao meu lado, ele também vê um homem lá fora, eu grito com voz de macho e o ladrão foge. emprestam-nos uma cadela para nos proteger. Domitilia Pelegrina, a cadela, está grávida. uma noite a luz acaba sem previsão de voltar. nessa madrugada a cachorra cai da varanda e quase morre sufocada com a própria coleira. é ele que acorda com o barulho e a vai salvar. no fim da viagem os donos da pousada convidam-nos a voltar para cuidar dos cachorros e das casas enquanto eles estiverem fora. primeiro digo não. só deixo de estar surda ao ir a um pronto socorro em Lençóis onde quase estouram meus tímpanos com éter quente. 
a chapada de Diamantina é o lugar mais bonito em que já estive na vida. no fundo, estou cansada.
voltamos para São Paulo. vou beber ayahuasca no sítio. algumas vezes. decidimos ir aceitar a proposta.
em maio Saturno inicia a retrogradação. em maio vamos para a Bahia. Pelegrina morreu poucos dias depois do parto. temos 5 filhotes de cachorro de 10 dias pra cuidar, sem a mãe. temos que amamentá-los de três em três horas, mantê-los quentes mas não juntos, pois juntos eles se mamam uns aos outros e se perfuram e se se perfurarem os bernes tomam conta de tudo. o Coragem quase morre, eu chego a torcer numa noite para que ele morra de tanto que ele agoniza. uma hóspede resolve cuidar dele e consegue salvá-lo com reiiki e a ajuda do namorado farmacêutico & dos antibióticos, claro. salvamos as cadelas, trato a sarna do Fumaça, recebo hóspedes. aprendo o prazer que é simplesmente cuidar das coisas pra que elas fiquem bem vivas.
bebo o chá algumas vezes. acho HAHAH que sei o que estou fazendo metendo uma criança de 4 anos num tiroteio.
fins de julho Saturno retoma o movimento direto. 
nalgum lugar do mês  ir a Portugal fazer um retiro. dou um pulo em SP e vou para o Algarve no final de agosto. passam-se dos dias mais preciosos da minha vida e as noites sinto medo medo medo medo muito medo. no dia seguinte do fim do retiro o medo desapareceu e desde então, o medo que mais tenho desde criança, só o vi 4 ou 5 noites em um ano inteiro. passo vinte dias em Lisboa. é calmo, é bom viver, é tênue. sou também eu planta. lanço a plaquete "A casa dos nietzscheanos" no Porto.
volto para São Paulo. entre muitas outras coisas começo a ler mapas astrais profissionalmente. mês que vem faz um ano. a memória aqui fica rarefeita porque é recente e se agita tão íntima que
não quero mais contar em público. além de marcar o evidente de que no último julho minha avó morreu num clarão & ela também tinha esse Saturno. nós? não entramos em pânico, vivemos da estrutura no lodo luminoso. as crises nos ensinam quem somos. descobri muitas coisas, poderia fazer mais sínteses, mas já escrevi, literalmente, demais. mais, talvez, do que eu devesse. na solidão do indivíduo aprendi a linguagem com que se comunicam. mas isso de falar demais é minha turma em Sagitário que eu vou ter a oportunidade de aprender muito bem quem são com a passagem de Saturno em tal signo nos próximos anos.
depois desta passagem de Saturno em Escorpião revelei isso a mim mesma: nada me interessa mais do que a intimidade & justamente por isso nada é de se preservar & usar, mais, ao mesmo tempo & com diferença. meu novo livro não tem um poema sequer que fale só de mim mesma como esse texto. nenhum uso do "tu" ou de "você" como estratégia de enredar emocionalmente um outro. nenhum poema de amor. meu novo livro fala da morte com uma lancinante paixão pela vida que está em tudo para além de mim. e eu quero terminar este livro antes de Saturno entrar em Sagitário daqui 7 dias. conseguirei? 
azul luminoso também é o deus hindu de pedra que vi. cheio de compaixão e frieza. te esperarei voltar! daqui 28 anos, espero que eu esteja & continue disposta a entender que o que estrutura dá o rumo. 












segunda-feira, 7 de setembro de 2015

ainda

calor sadio
alternativa o coração rio
corre dentro
corre fora
o córrego foi embora 

suspiro suo rio esqueço
meto águas no sofrimento
as éguas bebem sim
o tabaco limpa tudo por dentro
sou eu meu recomeço
escrevo pra soltar
o rumo vai desabrochar 

fazia muito isso quando era adolescente
escrevia pelo rumor o som um fulgor ascendente
só veio depois.
eu não conseguia dizer nada que tivesse sentido e som ao mesmo tempo
fortes 

depois a faculdade teceu a racionalidade dos textos
a faculdade de letras me ensinou a escrever, sim
porque nela eu aprendi a fazer sentido
escrever sobre textos foi um exercício fundamental
para aprender a escrever nada funciona além de escrever 
é por isso que eu treino muito

no fim da faculdade decidi que era isso que eu amava fazer
que eu sou isso
escrever 

mas foi só com a ayahuasca
entrando na minha vida
isso já deve ter uns dez anos
que consegui conectar
soltura gesto desejo tesão
ritmo esquecimento sentido
memória tradição vontade
inconsciente afirmação
& muita ambigüidade
& muita abertura
& muita canalização
nos textos

agora estou atrás também da medicina

divago abismo rito mito
preciso deixar disso e atentar ao não fixo
estou viciada nas formas que conheço
não encontro fórmula nenhuma onde não padeço 

curioso. curioso.
sempre reaprender para esquecer.
fazer para reaprender. 

eu mesma não me interesso muito mais
do que pela experiência
nas mínimas coisas 

você sabe por onde eu ando?
sempre pelas minimas coisas.

às vezes ainda não deixo os outros falarem
não enriqueci
não vou enlouquecer 

tenho mais tensão do que medo
entre meus rigores está a flexibilidade
o limite e também a aceitação 

sou muito grata por ter visto a morte
e também muito agradecida pela nuvem ter saído de cima da minha cabeça 

minha cabeça aberta pelas nuvens
enfurecida e calma

nos trinta e um ritmos que tenho no meu coração
jovem ainda o suficiente
espero que por muito tempo
ainda 

quarta-feira, 2 de setembro de 2015


terça-feira, 1 de setembro de 2015

ontem à noite voltando do tai chi sentia que toda a velocidade em que eu tinha entrado tinha saído compartimentada pela continuidade do movimento de tudo e cada pedaço meu estava numa parte. a agitação virou fragmento. meu antebraço? um fragmento. só que minhas partes reunidas por cotovelos joelhos a vida e a morte. eu vinha andado na rua bem na parte em que os postes caíram e estava tudo escuro e tão raro dar pra ver a luz da lua nas coisas da cidade. nos fones o drummond começou a declamar "os ombros suportam o mundo" e eu achei aquele poema uma bobagem. nunca antes na minha vida eu tinha achado o drummond uma bobagem, fiquei por um momento pensando-o como um exagerado. pensei "nossa que cara nas trevas", "também não é pra tanto" e, afinal "que metáfora exagerada para o desespero do excesso de controle"... bem, hoje perto da hora do almoço fui fazer algum movimento com o pescoço e a tensão que eu estava na omoplata ontem a tarde Subiu e veio parar nos ombros. resultado: torcicolo. o drummond tinha razão, como sempre, "os ombros suportam o mundo", suportam a cabeça. o peso da cabeça não é nenhuma metáfora. carlinhos, seu outro nome, seu nome verdadeiro como a noite é perigo.
uns poemas do meu novo livro que ainda não saiu: aqui
já esta noite sonhei que eu estava no meio da revolução francesa, guilhotinas e agitações, fogos queimando alto e eu atravessava a revolução francesa dando uma aula sobre a revolução francesa na qual eu dizia que a unidade do eu é uma invenção moderna a ser descartada. e uma guilhotina cortava a cabeça de alguém ao meu lado.

 

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